26 de junho de 2009

Barra Mansa, RJ - CICLO DE PALESTRAS: A Política Nacional do Meio Ambiente e a Gestão Ambiental Municipal


IBAMA - RJ


A Política Nacional do Meio Ambiente e
a Gestão Ambiental Municipal


Direcionado aos Municípios Fluminenses

Considerando os princípios que informam a formação e a atuação da Comissão tripartite no Estado do Rio de Janeiro e a necessidade de fortalecimento dos instrumentos de tutela do meio ambiente e, em especial, a legislação ambiental brasileira.

O Superintendente do IBAMA no Rio de Janeiro, com o apoio da Prefeitura de Barra Mansa, convida os Senhores Secretários de Meio Ambiente e representantes de sua equipe técnica para participar do primeiro evento do Ciclo de Palestras sobre "A Política Nacional do Meio Ambiente e a Gestão Ambiental Municipal" a ser realizado no auditório da UBM – Universidade de Barra Mansa, no dia 03 de Julho de 2009, conforme programação abaixo. O evento também estará aberto para a participação de representantes de entidades não governamentais que têm atuação efetiva em projetos ambientais junto aos municípios da região.

A participação dos representantes das Prefeituras é de fundamental importância na consolidação do SISNAMA e na consecução da Política Ambiental no Estado do Rio de Janeiro, possibilitando o debate participativo e construtivo entre o IBAMA e o poder público municipal sobre questões relevantes da gestão ambiental e a consequente formação de elos cooperativos entre seus corpos técnicos.

PROGRAMAÇÃO:

08:30 - Credenciamento
09:00- Apresentação
09:30 - SISNAMA e a importância da Atuação Local e da Comissão Tripartite
10:30 - Licenciamento Ambiental
11:30 - Fiscalização Ambiental
12:30 - Brunch
14:00 - Planejamento Urbano e Territorial
15:00 - Restauração da Mata Atlântica e Gestão de Fauna Silvestre
16:00 - Qualidade ambiental: controle de poluição e destinação de resíduos
17:00 - Coffee Break
17:30 - Abertura para Debates
19:00 - Encerramento

LOCAL:

Auditório da UBM
Rua Vereador Pinho Carvalho 267 - Centro - Barra Mansa, RJ


Inscrições até 30.06.2009
(24) 3343-6701
educamatatlantica@gmail.com

Apoio:
Prefeitura Municipal de Barra Mansa
UBM
SINDPASS
EDUCA Mata Atlântica

22 de junho de 2009

RJ: Prefeito de Itatiaia defende a redução do parque

(Cachoeira Véu de Noiva
Lalo de Almeida/Folha Imagem)


AFRA BALAZINA
da Folha de S.Paulo

O prefeito de Itatiaia, Luiz Carlos Bastos (PP) defende a redução do parque do Itatiaia sob a justificativa de que a parte baixa já tem feições urbanas --possui linha de ônibus regular, recolhimento de lixo e rede elétrica, por exemplo.

O parque nacional foi o primeiro criado do Brasil, em 1937. Mas sua situação fundiária nunca foi resolvida.

Os primeiros moradores pertenciam a um ex-núcleo colonial criado para incentivar a agropecuária na região. Segundo Bastos, o antigo núcleo colonial iniciou a recuperação da mata na região, degradada pela criação de gado.

Ambientalistas dizem que os moradores acabaram vendendo suas áreas e que, hoje, não há habitantes originais do ex-núcleo no parque. O problema fundiário se agravou com os anos --novas construções foram feitas e houve o parcelamento irregular de lotes.

Segundo a administração do parque, das cerca de 80 propriedades com casas, somente dez são de famílias que efetivamente moram no local --as demais são de veranistas. A reportagem tentou ouvir ontem a AAI, sem sucesso.

Duas notícias:

22/06/09
Governo descarta reduzir área do parque do Itatiaia


11/05/09
União estuda reduzir parque do Itatiaia, no Rio


17 de junho de 2009

SC: Seca muda paisagem de cidade turística


A falta de chuva na região dos lagos, no município de Rio dos Cedros (SC), alterou a paisagem que os moradores e turistas costumam encontrar. Situado no norte do município, o local abriga um verdadeiro santuário ecológico.

Localizada a 37 km do centro da cidade, a região se formou na década de 1950, quando os rios Bonito, Palmeiras e Cedros foram represados para a instalação de usinas de energia elétrica da Celesc. O turista Sven Francis Schuhmacher conta que o baixo nível da água dos lagos devolve aos rios parte de seus traçados originais.

A região tem duas barragens: a do Pinhal e a do Rio Bonito. O Pinhal, em Alto Cedros, é o rio mais extenso com 14 km e 18 milhões de metros cúbicos de água. Já o Rio Bonito, em Palmeiras, possui 9 km de extensão, mas tem volume de 32 milhões de metros cúbicos.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, as precipitações registradas no mês de maio no centro de medição da cidade de Indaial, a 21 km de Rio dos Cedros, estão abaixo do esperado. O registro foi de 70 mm, quando a expectativa era de 106,7 mm. Desta forma, choveu 66% a menos do que o esperado.

Matéria enviada ao VC REPÓRTER por Sven Francis Schuhmacher, de Blumenau (SC). Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

Colaboração de Luciana Campos, de Blumenau, SC

Dia Mundial de Combate à Desertificação


No dia 17 de junho, de todos os anos, comemora-se o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca.

A Desertificação é definida como processo de destruição do potencial produtivo da terra nas regiões de clima árido, semi-árido e sub-úmido seco. O problema vem sendo detectado desde os anos 30, nos Estados Unidos, quando intensos processos de destruição da vegetação e solos ocorreu no Meio Oeste americano.

Muitas outras situações consideradas como graves problemas de desertificação foram sendo detectadas ao longo do tempo em vários países do mundo. América Latina, Ásia, Europa, África e Austrália oferecem exemplos de áreas onde o homem, através do uso inadequado e/ou intensivo da terra, destruiu os recursos e transformou terras férteis em desertos ecológicos e econômicos.

A medida que o estudo sobre a origem dos desertos evoluiu, surgiram conceitos a respeito do assunto:

Deserto: região de clima árido; a evaporação potencial é maior que a precipitação média anual. Caracteriza-se por apresentar solos ressequidos; cobertura vegetal esparsa, presença de xerófilas e plantas temporárias.

Desertificação: origina-se pela intensa pressão exercida por atividades humanas sobre ecossistemas frágeis, cuja capacidade de regeneração é baixa.

Processo de desertificação: diz respeito a atividade predatória que irá conduzir a formação de desertos.

Área de desertificação: é a área onde o fenômeno já se manifesta.

Área propensa à desertificação: área onde a fragilidade do ecossistema favorece o processo de instalação da desertificação.

Deserto específico: a desertificação já se manifesta em grau máximo.

As causas mais freqüentes da desertificação estão associadas ao uso inadequado do solo e da água no desenvolvimento de atividades agropecuárias, na mineração, na irrigação mal planejada e no desmatamento indiscriminado.

Principais problemas:

  • - vulnerabilidade às secas, que impactam diretamente a agricultura de sequeiro e pecuária
  • - fraca capacidade de reorganizar a estrutura produtiva do sertão
  • - desmatamento resultante da pecuária extensiva e do uso de madeira para fins energéticos
  • - problemas graves de desertificação já identificados
  • - sinalização dos solos decorrente do manejo inadequado na agricultura e no pastoreio
  • - perda de dinamismo de atividades industriais e comerciais
  • - precária conservação da infra-estrutura rodoviária
  • - precário atendimento dos serviços de comunicação
  • - precário sistema de difusão tecnológica
  • - baixa produção científica e tecnológica para as necessidades do semi-árido
  • - deficiência nos níveis de capacitação da mão-de-obra rural, industrial e do comércio
  • - fragilidade institucional
  • - gestão municipal sem planejamento e comprometimento com objetivos a longo prazo.

A desertificação ocorre em mais de 100 países do mundo. Por isso é considerada um problema global. No Brasil existem quatro áreas, que são chamadas núcleos de desertificação, onde é intensa a degradação. Elas somam 18,7 mil km² e se localizam nos municípios de Gilbués, no Piauí; Seridó, no Rio Grande do Norte; Irauçuba, no Ceará e Cabrobó, em Pernambuco. As regiões áridas, semi-áridas e subúmidas secas, também chamadas de terras secas, ocupam mais de 37% de toda a superfície do planeta, abrigando mais de 1 bilhão de pessoas, ou seja, 1/6 da população mundial, cujos indicadores são de baixo nível de renda, baixo padrão tecnológico, baixo nível de escolaridade e ingestão de proteínas abaixo dos níveis aceitáveis pela Organização Mundial de Saúde - OMS. Mas a sua evolução ocorre em cada lugar de modo específico e apresenta dinâmicas influenciadas por esses lugares.

As regiões sul-americana e caribenha têm inúmeros países com expressivas áreas de seus territórios com problemas de desertificação. Os mais significativos são Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Cuba, Peru e México.

Possíveis causas da desertificação podem ser apuradas.

O desmatamento, que além de comprometer a biodiversidade, deixa os solos descobertos e expostos à erosão, ocorre como resultado das atividades econômicas, seja para fins de agricultura de sequeiro ou irrigada, seja para a pecuária, quando a vegetação nativa é substituída por pasto, seja diretamente para o uso da madeira como fonte de energia (lenha e carvão).

O uso intensivo do solo, sem descanso e sem técnicas de conservação, provoca erosão e compromete a produtividade, repercutindo diretamente na situação econômica do agricultor. A cada ano, a colheita diminui, e também a possibilidade de ter reservas de alimento para o período de estiagem. É comum verificar-se, no semi-árido, a atividade da pecuária ser desenvolvida sem considerar a capacidade de suporte da região, o que pressiona tanto pasto nativo como plantado, além de tornar o solo endurecido, compacto.

A irrigação mal conduzida provoca a salinização dos solos, inviabilizando algumas áreas e perímetros irrigados do semi-árido, o problema tem sido provocado tanto pelo tipo de sistema de irrigação, muitas vezes inadequado às características do solo, quanto, principalmente, pela maneira como a atividade é executada, fazendo mais uma molhação do que irrigando.

Além de serem correlacionados, esses problemas desencadeiam outros, de extrema gravidade para a região. É o caso do assoreamento de cursos d'água e reservatórios, provocado pela erosão, que, por sua vez, é desencadeada pelo desmatamento e por atividades econômicas desenvolvidas sem cuidados com o meio ambiente.

Conseqüências da desertificação:

Natureza ambiental e climática

Como perda de biodiversidade (flora e fauna), a perda de solos por erosão, a diminuição da disponibilidade de recursos hídricos, resultado tanto dos fatores climáticos adversos quando do mau e a perda da capacidade produtiva dos solos em razão da baixa umidade provocada, também, pelo manejo inadequado da cobertura vegetal.


Natureza social

Abandono das terras por partes das populações mais pobres, a diminuição da qualidade de vida e aumento da mortalidade infantil, a diminuição da expectativa de vida da população e a desestruturação das famílias como unidades produtivas. Acrescente-se, também, o crescimento da pobreza urbana devido às migrações, a desorganização das cidades, o aumento da poluição e problemas ambientais urbanos.


Natureza econômica

Destacam-se a queda na produtividade e produção agrícolas, a diminuição da renda do consumo das populações, dificuldade de manter uma oferta de produtos agrícolas de maneira constante, de modo a atender os mercados regional e nacional, sobretudo a agricultura de sequeiro que é mais dependente dos fatores climáticos.


Natureza político institucional

Há uma perda da capacidade produtiva do Estado, sobretudo no meio rural, que repercute diretamente na arrecadação de impostos e na circulação da renda e, por outro lado, criam-se novas demandas sociais que extrapolam a capacidade do Estado de atendê-las.

As áreas desertificadas brasileiras apresentam características geoclimáticas e ecológicas, as quais contribuíram para que o processo fosse acelerado. Diversas regiões brasileiras padecem deste problema, como por exemplo:

- Semi-árido
Sua área total é de aproximadamente 1.150.662 Km² o que corresponde a 74,30% da superfície nordestina e 13,52% do Brasil.

- Bahia
Corresponde a 9,3% da superfície estadual (52,5 mil Km²) em processo de desertificação. Localiza-se na margem direita do rio São Francisco abrangendo o sertão de Paulo Afonso.

- Pernambuco
Dados (Sema 1986) mostram que cerca de 25 Km² (25%) do estado estão tomados pela desertificação atingindo os municípios de Itacombira, Cabrobó, Salgueiro e Parnamirim.

- Piauí
1.241 Km² da área piauiense encontram-se em acelerado processo de desertificação, exemplo deste fenômeno pode ser visto na região de Chapadas do Vale do Gurgéia, município de Gilbués.

- Sergipe
Estão em processo de desertificação no Sergipe cerca de 223Km².

- Rio Grande do Norte
Representa 40% do estado tomado pela desertificação; a intensiva extração de argila e a retirada da cobertura vegetal para a obtenção de lenha para as olarias acelera ainda mais o processo.

- Ceará
A área desertificada corresponde a 1.451 Km² no município de Irauçuba.

- Paraíba
A região do semi-árido é a mais propensa ao processo de desertificação, principalmente onde os solos são utilizados de maneira irracional. A desertificação atinge cerca de 27.750 Km² (49,2%), abrangendo 68 municípios.

- Amazônia
Também apresenta áreas em processo de savanização decorrentes de desmatamentos indiscriminados.

- Rondônia
Corre grande risco de início do processo de desertificação; várias áreas são desmatadas para fins agrícolas e ocupação indiscriminada do solo.

- Paraná
Apresenta problemas de degradação nas áreas de ocorrência do arenito Caiuá; a agricultura é praticada sem haver uma preocupação com o manejo e a conservação do solo, problema acentuado pela devastação de florestas nativas.

- Mato Grosso do Sul
O processo ocorre principalmente na região sudoeste do estado, área de ocorrência do Arenito Caiuá, apresentando aspectos avançados de degradação (50 mil hectares).

- São Paulo
Dados da SEMA de 1986 já identificavam que, aproximadamente 70% das áreas agriculturáveis do estado estavam tomadas por intenso processo erosivo.

- Rio Grande do Sul
Área do sudoeste do estado como os municípios de Alegrete, São Francisco de Assis, Santana do Livramento, Rosário do Sul, Uruguaiana, Quaraí, Santiago e Cacequí são atingidos pela desertificação. Outras áreas passíveis de degradação estão presentes no sul-riograndense, em especial onde predominam os solos originários do Arenito Botucatu; faz-se necessário um estudo de capacidade de uso, conservação e manejo para que tais áreas não iniciem rapidamente o processo de degradador.

- Minas Gerais
De acordo com estudos realizados, 12.862 Km² estão propensos à desertificação, sendo divididos em 3 áreas:

I - engloba as bacias dos rios Abaeté, Borrachudo e Indaiá na região centro-oeste do estado (11.446 Km²).
II - ocorre na bacia do rio Gorotuba, região centro-norte ocupando 42 Km² de área.
III - localizada nas bacias dos Médios e Baixos São Pedro e São Domingos compreendendo 1.375 Km² de área.

Diante de tudo o que foi abordado, conclui-se que o processo de recuperação de uma área desertificada é complexo, pois necessita de ações capazes de controlar, prevenir e recuperar as áreas degradadas. Paralelamente a estas ações, cabe uma maior conscientização política, econômica e social no sentido de minimizar e/ou combater a erosão, a salinização, o assoreamento entre outros.

Está previsto no Capítulo 12 da Agenda 21, a criação de seis áreas-programas para combate a desertificação com ações regionais.

Fonte: CAVALCANTI, E. Para Compreender a Desertificação: Uma abordagem didática e integrada. Instituto Desert. Julho de 2001.

Sabesp oferecerá apoio institucional



Foram reabertas na segunda-feira, 15 de junho, as inscrições para apoios institucional e financeiro de projetos ambientais, sócio-culturais e esportivos. Os interessados devem ler as orientações e procedimentos no site da Sabesp, pois houve adequação das regras gerais em relação ao primeiro período de inscrições. O sistema para o cadastramento dos projetos fica disponível na página até o dia 15 de julho.

Clique aqui para ler as orientações e acessar o sistema


A apresentação das informações necessárias - cadastramento de pessoa jurídica, planos de trabalho, recursos pretendidos, contrapartidas - e o acompanhamento dos processos é totalmente realizado pela Internet.

Na primeira etapa de inscrições do ano, realizada entre fevereiro e março, a Sabesp recebeu 392 pedidos, sendo que 20% das propostas foram desclassificadas por estarem em desacordo com as regras gerais. Em seguida, os projetos classificados foram encaminhados para as Unidades de Negócio da Sabesp. Cada Pólo de Comunicação das unidades avaliou a relevância do projeto dentro de sua área de atuação. Por fim, as propostas escolhidas foram encaminhadas novamente para a Superintendência de Comunicação, que realizou a última etapa de seleção.

A lista final dos projetos aprovados será divulgada nesta quarta-feira, 17 de junho. Entre os 22 finalistas, se destacam as propostas ligadas ao meio ambiente, como a produção de um livro para crianças sobre o ambiente subaquático e um campeonato esportivo, com provas de nado disputadas no mar, que passará por seis cidades do litoral paulista. “Queremos negociar os valores solicitados para poder apoiar o maior número de projetos possível”, conta Juliana Moreira, assessora da área de apoio e patrocínios da Sabesp.

Site Informações Regionais




O site INFORMAÇÕES REGIONAIS é um Banco de Dados que reúne informações das diversas áreas sobre os municípios brasileiros a partir de arquivos disponíveis na Internet e contribuições voluntárias individuais e/ou institucionais. Seu acesso é gratuito e seus arquivos devem ser referendados na fonte original.
Por se tratar de um banco de Dados, o site INFORMAÇÕES REGIONAIS deve ser entendido como constantemente provisório, visto que, novos arquivos serão agregados.
Para o caso das contribuições voluntárias, as mesmas devem ser enviadas das seguintes formas:

a) em arquivos anexados em Word for Windows ou Wordpad ao correio eletrônico iregionais@gmail.com;
b) enviando ao mesmo correio eletrônico a URL do arquivo.
Observação: o site INFORMAÇÕES REGIONAIS reserva-se no direito de referendar somente textos acadêmicos, a saber, Teses de Doutoramento, Dissertações de Mestrado, Artigos Científicos publicados em revistas universitárias, Comunicações de Congressos, Seminários etc., Relatórios de Pesquisa Universitária, Monografias de Pós-Graduação Lato Senso (com nota igual ou superior a "9") e Monografia de Graduação (com nota igual ou superior a "9").

Por Prof. Dr. Antônio Marcelo Jackson
Bacharel em História (UERJ); Mestre e Doutor em Ciência Política (IUPERJ)
15 de junho de 2009

Rio Paraíba do Sul será repovoado por filhotes de peixes

Curva do Rio Paraíba do Sul que deu nome à cidade de Volta Redonda


Cerca de 25 mil filhotes de peixe das espécies piabanha, lambari e rabo amarelo serão lançados no rio Paraíba do Sul na próxima terça-feira para repovoar o rio, cujo sistema hídrico foi prejudicado pelo vazamento de 8 mil litros do pesticida Endosulfan, em novembro do ano passado.


O lançamento dos filhotes de peixe inaugura o Programa de Recuperação da Fauna no local. A medida é uma iniciativa da Secretaria Estadual do Ambiente em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

De acordo com o presidente do Inea, Luiz Firmino, o objetivo é alcançar a marca de um milhão de filhotes lançados no rio nos próximos dois anos.

O acidente ambiental que provocou a mortandade de quase 150 mil t de peixe foi causado pela empresa Servatis e atingiu 400 km do rio, numa área que se estende desde o município de Resende até São João da Barra.

"Tivemos um complicador a mais porque o acidente ocorreu exatamente na época em que o peixe estava subindo o rio para desovar. Com isso, houve uma interrupção do ciclo da reprodução das espécies. Então, é muito importante haver essa ação de repovoamento para trazer esses peixes pequenos, criados em cativeiro, e tentar recuperar a fauna", explicou.

O presidente do Inea destacou, ainda, que os primeiros resultados dessa ação devem começar a ser percebidos em um prazo de oito meses, já que esse é o tempo médio necessário para que as espécies atinjam o tamanho mínimo permitido para comercialização.

O vazamento de Endosulfan prejudicou quase dois mil pescadores que vivem exclusivamente da atividade pesqueira na região. Ainda de acordo com Luiz Firmino, a pesca no local continua proibida.

O Paraíba do Sul corta quase metade do estado, passando por 37 municípios. O rio também é responsável pelo abastecimento de 85% da população da região metropolitana do Rio de Janeiro. As cidades atingidas, na época do acidente, tiveram que suspender temporariamente a captação de água. A empresa Servatis foi multada em R$ 33 milhões pelo vazamento.


Retrospectiva do acidente no Blog do Instituto SOS Rios do Brasil.

14 de junho de 2009

Links diretos para o download do Manual de Espécies Nativas



arquivos em formato .pdf

Roda Viva debate Amazônia - 15/06

15/06/2009 
DEBATE AMAZÔNIA

O Roda Viva desta segunda-feira debate a regularização de terras públicas da União na Amazônia Legal.

Entrevistadores:
Debatedores: Alberto Ercílio Broch, presidente da Contag - Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura; João Paulo Capobianco, ex-secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, professor visitante da Universidade Columbia e pequisador associado do IPAM - Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia; Cesário Ramalho da Silva, presidente da Sociedade Rural Brasileira e Moreira Mendes, Deputado Federal PPS/RO, vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária para a Região Norte.
Twitters no estúdio: Maira Begalli, Gestora ambiental (http://twitter.com/mairabegalli), Ricardo Augusto Lombardi, jornalista (http://twitter.com/ricslombardi) e Amanda Wanderlei, biologa (http://twitter.com/amandawy)
Fotógrafo convidado: Gustavo Mandú (http://www.flickr.com/people/cidadevazia)

Apresentação: Heródoto Barbeiro

Transmissão Participativa:
Bastidores a partir de 17h30min





13 de junho de 2009

Rio Paraíba como escola

Já começaram os trabalhos de construção das embarcações que serão a mola mestra da Escola Municipal de Remo. Três delas já estão totalmente prontas e outras doze estão com os trabalhos adiantados. O objetivo da prefeitura é desenvolver o esporte como suporte aos projetos educacionais da rede municipal, assim como foi feito com a Escola Municipal de Hipismo. No entanto, as autoridades enxergam no projeto uma oportunidade de despertar o interesse da população sobre o Rio Paraíba. A escola ficará baseada na margem do Rio localizada na Rua 12 de Outubro, no Aterrado.

Além das embarcações, a prefeitura vai instalar no local um deck flutuante de acesso, nos mesmos moldes dos que existem na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, berço do Remo no Brasil. Tanto o deck quanto os barcos estão sendo produzidos na capital fluminense por empresas especializadas, que também estão ajudando oferecendo profissionais para dar uma consultoria sobre os equipamentos. O objetivo do prefeito Antônio Francisco Neto (PMDB) é inaugurar a escola no fim de julho, como parte das comemorações pelo aniversário da cidade, comemorado no dia 17 do próximo mês.

A ideia de montar uma escola de remo pública na cidade partiu de um bate papo inusitado entre dois colegas que estudaram no Colégio Pedro II e que também foram remadores de clubes tradicionais da capital. O coordenador da Defesa Civil, major Rodrigo Ibiapina, e o responsável pela base da Petrobras em Volta Redonda, Paulo de Paula, foram amigos na juventude e se reencontraram quando o primeiro foi fazer uma visita de cortesia ao segundo para manter uma boa relação entre a prefeitura e a empresa. 

- Foi uma surpresa muito grande nós nos reencontrarmos. Depois do trabalho, começamos a lembrar dos tempos da juventude, da escola e do remo. A partir daí foi só olhar para os corredores que o Rio Paraíba oferece na cidade para dar vontade de remar novamente. Levar este prazer para as crianças da rede municipal foi uma consequência - disse Ibiapina. 
Para Paulo o assunto é mais que sério, já que como remador do Clube de Regatas Vasco da Gama ele coleciona títulos nacionais e internacionais. Paulo será o responsável pela escola e pela formação dos instrutores, além de apostar que em breve Volta Redonda estará revelando talentos para o esporte. "Nós teremos uma metodologia voltada para a parte educacional e ambiental, mas ao mesmo tempo vamos pinçar eventuais talentos. Tenho certeza que muito em breve estaremos colocando nossos garotos em competições nacionais e em condições de ganhar", afirmou o funcionário da estatal. 

O plano de Paulo é que já no ano que vem seus futuros alunos já possam competir nas categorias estreantes da Federação de Remo do Estado do Rio de Janeiro (Frerj), que já está ciente do projeto da prefeitura de Volta Redonda e vai apoiar a iniciativa. "Além disso, temos de destacar que o prefeito Neto abraçou o projeto logo de cara. É bom encontrar um governo que não tem medo de inovar e Volta Redonda é realmente um local privilegiado para a prática do Remo", afirmou o coordenador do projeto, que falou sobre o estágio de poluição atual do rio.

- Se poluição fosse problema, ninguém remaria na Lagoa Rodrigo de Freitas. Nosso deck e a área de atividades não obrigam os alunos a entrarem em contato direto com a água. Além disso, o prefeito quer chamar atenção da cidade para o Rio, para que todos se coloquem como fiscais ecológicos - disse Paulo.

Fonte: Diário do Vale


(grifo nosso)

OIT vai defender "emprego verde"


Paula Laboissière 
Enviada especial 

Genebra (Suíça) - A pauta de recomendações definida nesta semana pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) – em meio à 92ª Conferência Internacional do Trabalho – deverá estimular a criação de políticas anticíclicas de estímulo ao crescimento e também o fortalecimento de redes de proteção social ao trabalhador afetado pela crise financeira. A expectativa é da representante da OIT no Brasil, Laís Abramo. 

Estão reunidos em Genebra, cidade sede de inúmeras entidades internacionais, cerca de 4 mil representantes de governos, de trabalhadores e de empresários em busca de respostas para o impacto da crise financeira sobre a empregabilidade. O objetivo é discutir meios de proteger trabalhadores, famílias e empresas afetadas pela instabilidade econômica.

Dentre as estratégias a serem consideradas pelos países membros da organização em tempos de instabilidade econômica, Laís citou investimentos em seguro-desemprego, políticas de salário mínimo e programas de transferência de renda.

Para ela, que acompanhou o desenrolar das discussões desde a abertura do encontro, no último dia 3, o documento final deverá destacar ainda “uma atenção redobrada” aos direitos humanos no âmbito do trabalho, de modo a coibir ou pelo menos reduzir os índices de trabalho infantil e de trabalho forçado e degradante.

Outro ponto que, segundo Laís, será abordado pelo relatório da OIT trata da “preocupação ambiental” por meio de estímulo aos chamados "empregos verdes". Ela acredita que esta pode ser parte da resposta aos reflexos da crise – desde que acompanhada de mecanismos de diálogo social entre governo, empregadores e trabalhadores.

Sobre os temas de maior destaque na conferência – HIV/aids e igualdade de gênero no universo do trabalho – Laís considerou as discussões “fundamentais”, uma vez que o local de trabalho deve funcionar como um ambiente de divulgação e de prevenção. “O problema da discriminação por HIV/aids pode ser tão grave quanto a própria doença. Já a igualdade de gênero é um tema transversal, fundamental em uma agenda do trabalho decente”, disse.

Ao comentar o cenário apresentado pela América Latina, ela ressaltou também a discussão sobre trabalho e família por meio da ideia – voltada, sobretudo, para o empregador – de como agir com responsabilidade social. “A crise é um problema que afeta as condições de trabalho, e a OIT vem dizendo que, além de manter os níveis de emprego e desemprego, é fundamental manter a preocupação com a qualidade do trabalho e evitar o processo de precarização.”


Fonte:
Agência Brasil