29 de abril de 2009

Palestra no RJ: Educação Ambiental nas Escolas


 

Palestrante: Solange Cardoso (Professora de Ciências da Escola Municipal Reverendo Martin Luther King e Mestre em Educação pela PUC - Rio).

Conteúdo: Como abordar a educação ambiental de forma transdisciplinar em um modelo escolar de conteúdos fragmentados? Ainda mais árdua é a tarefa do educador de ensinar aquilo que não se aprendeu - reflexo da carência na formação contínua dos profissionais.

Mesmo com tantas dificuldades, os educadores que trilham os caminhos da educação ambiental obtêm bons resultados. A presente palestra apresentará o papel da escola neste processo. 

Data: 07 de maio (Quinta-Feira)

Horário: de 19:00 às 21:00


Entrada Franca 

Vagas Limitadas (30 participantes)
Inscrições Abertas!


Local / Informações / Inscrições:
Rua Paissandu, 362
Laranjeiras - Rio de Janeiro
Tel: 2551-6215 / 2552-6393 

28 de abril de 2009

GRIPE SUÍNA - INFLUENZA SUÍNA


(Foi assim que tudo começou...)*


1. O que é influenza suína e como é transmitida?
É uma doença respiratória aguda altamente contagiosa que normalmente acomete porcos, porém recentemente sofreu mutações e passou a ser transmitida de pessoa a pessoa.
Assim como a gripe comum, a influenza suína é transmitida, principalmente, por meio de tosse, espirro e de secreções respiratórias de pessoas infectadas.

2. Há casos de Influenza Suína no Brasil?
Até o momento, não há evidências da circulação do vírus da influenza suína em humanos no Brasil.

3. Quais os sintomas de casos suspeitos de Influenza Suína?
Pessoas procedentes do México e de áreas afetadas dos Estados Unidos e Canadá, nos últimos 10 dias, devem ficar alerta para os principais sintomas: - febre alta repentina (superior a 38ºC) acompanhada de tosse e/ou dores de cabeça, musculares e nas articulações.

4. O que o viajante de voos internacionais deve fazer se apresentar os sintomas?
Devem procurar a unidade de saúde mais próxima. Se estiverem nos aeroportos, procurar o posto da Anvisa. Não devem tomar medicamentos sem a indicação médica.

5. Quais recomendações do Ministério da Saúde para os viajantes internacionais?
a) Aos viajantes que se destinam às áreas afetadas:
• Usar máscaras cirúrgicas descartáveis, durante toda a permanência nas áreas afetadas. Substituir sempre que necessário.
• Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.
• Evitar locais com aglomeração de pessoas.
• Evitar o contato direto com pessoas doentes.
• Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
• Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
• Lavar as mãos freqüentemente com sabão e água, especialmente depois de tossir ou espirrar.
• Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes a esses países.
• Não usar medicamentos sem orientação médica.

Atenção! Todos os viajantes devem ficar atentos também às medidas preventivas recomendadas pelas autoridades nacionais das áreas afetadas.

b) Aos viajantes que estão voltando de áreas afetadas:
Viajantes (que estiveram em áreas afetadas nos últimos 10 dias), procedentes nos últimos 10 dias, do México ou das áreas afetadas dos EUA e do Canadá e que apresentem o seguinte quadro clínico: febre alta repentina, superior a 38ºC, acompanhada de tosse e/ou dores de cabeça, musculares e nas articulações, devem:
• Procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima.
• Informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem.

6.Quais as medidas que estão sendo tomadas?
Todas as Secretarias Estaduais de Saúde foram acionadas para intensificar o processo de monitoramento e detecção oportuna de casos suspeitos de doenças respiratórias agudas.
O Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde possuem um Plano de preparação para enfrentamento de pandemia, o qual estabelece as diretrizes e as ações dos governos para enfrentar essas emergências de saúde pública.
Durante o vôo, todos os passageiros que desembarcam no Brasil devem preencher, obrigatoriamente, a Declaração de Bagagem Acompanhada (DBA), este documento é retido pela ANVISA e atua como fonte de informações para eventual busca de contatos se for detectado caso suspeito na mesma aeronave.
Todas as providências estão sendo adotadas para que as tripulações das aeronaves orientem os passageiros, ainda durante o vôo, sobre sinais e sintomas da influenza suína. Adicionalmente, a tripulação solicitará que passageiros com esses sintomas se identifiquem à tripulação.
Ao desembarcar, os viajantes procedentes das áreas afetadas, receberão folder educativo com informações, em português, inglês e espanhol, sobre os sinais e sintomas, medidas de proteção e higiene e orientações para procurar assistência médica. Complementarmente, a Infraero veiculará, nesses aeroportos, informe sonoro.

7. Há uma vacina que possa proteger a população humana contra essa doença?
Não existe vacina contra esse novo subtipo de vírus de influenza suína, responsável por essa Emergência de Saúde Pública.

8. Há tratamento para Influenza Suína no Brasil?
Sim. Serão indicados pelo profissional de saúde após a confirmação do diagnóstico laboratorial. Não é indicado tomar medicamento sem indicação médica.

9. É seguro comer carne de porco e produtos derivados?
Sim. Segundo o Ministério da Agricultura, não há registro de transmissão da influenza suína para pessoas por meio da ingestão de carne de porco. O vírus da influenza suína não resiste a altas temperaturas (70ºC).

10. Mais informações:
Ministério da Saúde

No site da Organização Mundial da Saúde (em inglês)

No site da Organização Pan-americana de Saúde (em espanhol)


Mais:



* Imagem ilustrativa que circula há anos na internet e hoje retornou em diversos sites ilustrando com humor o caso da Gripe Suína.

Mais humor
por Mari

23 de abril de 2009

Discurso da Senadora Marina Silva - Legislação Ambiental

(Foto: Granex)

Daniel Andrade, do blog
Reflexações ambientais, disponibilizou para download o discurso da senadora Marina Silva, realizado no plenário do Senado Federal no dia 16/09/2009 sobre os ataques recentes à legislação ambiental brasileira. 

A seguir, links seguros de diversos servidores:


Caso algum link esteja inativo ou apresentar problemas, por favor, avisem nos comentários ou por e-mail:
22 de abril de 2009

Hoje é o Dia do Planeta Terra

Comemorar, sim
Refletir, principalmente.
E agir!


Olhando de cima:
Foto tirada em 1997 pela astronauta Eileen Collins, que estava a bordo da Atlantis, mostra o mares Mediterrâneo e Vermelho, e o rio Nilo, no oriente médio.

Veja mais fotos da Terra



...............................................................................



Oração Ambientalista
(Oração Ecológica e Ecumênica)
Sidônio Fernandes - Advogado Ambientalista.

Ó Deus, de infinita bondade e sabedoria.
Partilhar com que me foi oferecido é o sentido desta
Humilde louvação.
Que eu seja constante e fiel na preservação
da natureza; um bem maior e fecundo, dádiva em
sagrado ofertório.
Quero estar em perfeita harmonia com o
verde de nossos campos, com animais, vegetais e
outros seres, e que não me falte à ausência do natural
com destinação saudável, proveitosa e dignificante.
Que eu seja um personagem de TUA vontade,
herdeiro que sou de TUA benesse santificada,
fiel ao sentimento de TUA solidária e abundante oferta
que recebi
E, ROGO-TE, dá-me a graça perene para
Homenagear-TE.
AME e cuida de quem te AMA
Plante, não destrua!


Google também lembrou:

Histórico:

O Dia da Terra foi criado em 1970 quando o Senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacionalcontra a poluição. É festejado em 22 de abril e a partir de 1990, outros países passaram a celebrar a data.


Sugestão de Leitura:
Artigo da Ministra Marina Silva

ATUALIZADO 14:00

NASA comemora o Dia da Terra transmitindo imagens especiais

O canal de TV da Nasa ou no
site da agência espacial transmitirão nesse Dia do Planeta, 22 de Abril, das 10h00 às 13h00 GMT (07h00 às 10h00 de Brasília), das 16h00 às 18h00 GMT (13h00 às 15h00 de Brasília) e das 20h00 às 23h00 GMT (17h00 às 20h00 de Brasília) imagens da Terra em alta definição.

As belas imagens da Terra serão transmitidas pelos três astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS), que está em órbita à velocidade de 28.163 km/h, dando a volta na Terra a cada 90 minutos.

20 de abril de 2009

Um rio que flui pelo ar:

Reciclagem: na Amazônia evaporação devolve à atmosfera parte da água das chuvas. 

Em alguns dias do ano um rio com as dimensões do Amazonas atravessa os céus do Brasil. Ele nasce sobre o Atlântico próximo à linha do Equador, ganha corpo sobre a Floresta Amazônica e segue para oeste até os Andes, onde o encontro com a imponente muralha rochosa o faz desviar para o sul. Dali esse imenso volume de água flutua sobre a Bolívia, o Paraguai e os estados brasileiros de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Às vezes, alcança Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul antes de retornar para o oceano. Apesar de sua extensão, ninguém o vê. É que esse rio não tem margens nem peixes. É um rio metafórico – mas não inexistente – formado por uma coluna de vapor d’água com cerca de 3 quilômetros de altura, algumas centenas de quilômetros de largura e milhares de extensão. Matéria de Ricardo Zorzetto, na revista Pesquisa FAPESP, Edição 158 - Abril 2009.

Os especialistas em meteorologia e hidrologia sabiam desse rio voador – na realidade, correntes de ventos úmidos que recebem o nome técnico de jatos de baixos níveis – desde o início dos anos 1960, mas só agora começam a conhecer melhor a origem de sua água e a forma como ele interage com a superfície do planeta ou como ajuda na formação de nuvens gigantes que sobem a 15 quilômetros acima do solo.

Os primeiros dados do projeto Rios Voadores, divulgados no dia 19 de março em São Paulo, confirmam as alterações de composição que essa corrente de ventos úmidos sofre em seu longo trajeto sobre o Brasil. A maior parte do vapor d’água vem do oceano, transportada para o continente pelos ventos alíseos, que sopram de leste para oeste – uma pequena porção dessa umidade se condensa em nuvens e cai como chuva sobre a Amazônia. Mas boa parte do vapor que forma esse rio invisível vem da própria floresta. É que, ao passar sobre a maior floresta tropical do planeta, ele incorpora a água que evapora diretamente do solo e também aquela retirada pelas plantas da terra e lançadas na forma de vapor na atmosfera. Uma parte da água da Amazônia chega ao sul do país e possivelmente vira chuva.

Identificar de onde vem a água desse rio voador, um dos muitos que cortam os céus brasileiros, exigiu uma parceria pouco comum no mundo científico. Uniu pesquisadores, com conhecimento teórico sobre os fenômenos hidrológicos e atmosféricos, e um engenheiro-explorador, habituado a vivê-los em seus voos ao redor do mundo. Com patrocínio da Petrobras, Gérard Moss, o engenheiro, realizou de 2007 ao início deste ano 12 voos sobre diferentes regiões do país planejados em colaboração com equipes da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS).

A cada viagem, Moss, suíço naturalizado brasileiro, e seu companheiro de voos, Tiago Iatesta, coletavam a bordo de um avião monomotor amostras de vapor d’água que se condensavam em um tubo resfriado por gelo-seco. Em um desses voos, sob condições atmosféricas extremamente favoráveis, Moss acompanhou o rio voador da Amazônia até São Paulo e calculou que, em determinado trecho, a quantidade de água que fluía nessa corrente era de 3.200 metros cúbicos por segundo, mais do que a vazão do rio São Francisco. Toda a água carregada por essa corrente de ar em 24 horas equivaleria a 115 dias de consumo de São Paulo, uma metrópole com 11 milhões de habitantes.

Assinatura química - Em pouco menos de dois anos Moss e Iatesta colecionaram cerca de 500 amostras de água obtidas de 500 metros a 2 mil metros de altitude que estão sendo examinadas no Laboratório de Ecologia Isotópica da USP em Piracicaba pela equipe de Reynaldo Victoria. A análise de uma espécie de assinatura química (a proporção de átomos de hidrogênio e oxigênio radiativos) das amostras de água e a comparação dessa assinatura com a de amostras de água da chuva e de rios de todo o país permitirão aos pesquisadores conhecer como se altera a composição dessa massa de ar à medida que ela avança pelo continente. Também devem tornar clara a colaboração da umidade que evapora da Amazônia para as chuvas do Sul e do Sudeste.

Esses dados preenchem uma lacuna importante no conhecimento dessas correntes úmidas e permitem verificar a validade dos modelos climáticos desenvolvidos para o país”, afirma Pedro Leite da Silva Dias, pesquisador do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP e diretor do LNCC, integrante do projeto.

Anos atrás grupos do IAG e do Inpe haviam participado de um estudo feito em colaboração com Bolívia, Paraguai e Argentina que mediu por meio de equipamentos lançados em balões a temperatura, a umidade, a pressão e a velocidade dessas correntes de ar úmido apelidadas de rios voadores pelo climatologista José Marengo, do Inpe (ver Pesquisa FAPESP nº 114). “Na época um avião coletou amostras de vapor de água apenas nos outros países porque não conseguimos autorização para voar no Brasil”, conta Dias.

Serão necessários anos para analisar os dados coletados mais recentes. Mas uma avaliação preliminar indica não ser nada desprezível a contribuição da Amazônia para a umidade que chega ao Sudeste e ao Sul do país. No Inpe, Demerval Moreira e Wagner Soares usaram modelos matemáticos de previsão do tempo para fazer uma estimativa de quanta água da Amazônia essas correntes de ar levam para outras regiões. Concluíram que nos dias que esse rio voador passa sobre a Amazônia – isso acontece apenas em cerca de 35 dias por ano – mais umidade chega ao Centro-oeste, ao Sudeste e ao Sul, aumentando a probabilidade de chuvas.

“Quando esses ventos passam sobre a Amazônia elevam em média em 20% a 30% a umidade do ar em Ribeirão Preto, por exemplo, aumentando o potencial de chuvas”, conta Dias. Em algumas ocasiões, esse acréscimo pode chegar a 60%. “Agora estamos tentando calcular quanto dessa umidade vinda da Amazônia de fato precipita na forma de chuva”, explica.

Moss se preocupa com o ritmo do desmatamento que observa de seu avião – e que pode modificar o clima da Amazônia, com efeitos capazes de atingir o restante do país. “A floresta funciona como um tampão: as plantas e o solo retêm água da chuva, que depois penetra no solo e fica armazenada antes de evaporar”, explica Dias. Sem a floresta, os ventos úmidos vindos do oceano que penetram no continente podem chegar mais rapidamente, em dois ou três dias, ao sul do país, aumentando o risco de tempestades. “A retirada da floresta diminuiria em 15% a 30% as chuvas na Amazônia, segundo vários modelos climáticos, e aumentaria as chuvas no Sul e na bacia do Prata”, conta Dias.

As informações disponíveis hoje no Brasil”, afirma Eneas Salati, criador do Laboratório de Ecologia de Isótopos na USP em Piracicaba e um dos idealizadores desse projeto, “são mais do que suficientes para que se adote uma política de parar o desmatamento e iniciar o reflorestamento”.

Fonte:
Revista Pesquisa FAPESP, enviada por José Serrão para o Portal EcoDebate.

16 de abril de 2009

Monitoramento por satélite de áreas desmatadas chegará a todos os biomas



Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O desmatamento no Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal e Pampas será monitorado por satélites, como já ocorre com a Amazônia desde 1988. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) anunciou hoje (15) o início do monitoramento desses biomas, com a elaboração de relatórios anuais sobre a situação da cobertura vegetal nessas áreas.

Por ocupar 24% do território nacional e estar em áreas relacionadas ao avanço do desmatamento no bioma amazônico – em Mato Grosso e no Maranhão, por exemplo – a análise do Cerrado vai ser prioritária, segundo o Ibama.

Assim como o monitoramento da Amazônia, feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a análise do Ibama vai ser baseada em imagens do satélite Landsat, além de informações do satélite sino-brasileiro CBERS e do radar Alos, que vai permitir a visualização das áreas mesmo quando houver alta cobertura de nuvens.

A medição do desmatamento vai considerar a situação dos biomas em 2002 e comparar com imagens atuais para verificar as mudanças na cobertura vegetal. Em uma das imagens apresentada hoje pelo Ibama, é possível verificar pelo menos 5 mil hectares de novas áreas desmatadas para implantação de pivôs de irrigação em uma região entre os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo.

De acordo com o coordenador do Centro de Sensoriamento Remoto do instituto, Humberto Mesquita, o levantamento vai apontar as áreas que sofreram corte raso (desmatamento total), o que não inclui as queimadas. Segundo Mesquita, o Ibama e o Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da Universidade Federal de Goiás estão avaliando a possibilidade de emitir alertas mensais para o Cerrado, a exemplo do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) na Amazônia.

Na avaliação do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a extensão do monitoramento vai mostrar que o “Brasil não é samba de uma nota só, não se preocupa só com a Amazônia” e é um pré-requisito para o estabelecimento de metas de redução do desmatamento nessas regiões.

Alguns biomas estão sendo detonados sem dó nem piedade, às vezes num ritmo muito pior do que o da Amazônia”, comparou. Segundo cálculos do ministro, a devastação do Cerrado cresce em ritmo pelo menos três vezes maior do que na Amazônia, principalmente por causa da expansão agropecuária.

A primeira revisão do Plano Nacional de Mudança do Clima, prevista para abril de 2010, deverá incluir metas de redução de desmatamento em todos os biomas brasileiros, segundo Minc. Atualmente só há compromissos para a Amazônia, onde o governo espera reduzir o desmate entre 30% e 40% até 2017.

O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel, acredita que o monitoramento por satélites de outros biomas, além do amazônico, vai auxiliar as ações de fiscalização e controle das derrubadas. “Na medida em que o histórico de análises vai definir quais são as áreas críticas, poderemos nos antecipar aos futuros desmatamentos”, avaliou.

Os primeiros resultados do levantamento das imagens serão os do Cerrado, com previsão de apresentação em setembro, seguido pelo relatório sobre a situação da Caatinga, em novembro.
15 de abril de 2009

REBIA realiza Plano de Capacitação de Jovens Jornalistas Ambientais


Começa no dia 23 de abril e prossegue até o dia 20 de junho, a primeira edição do Plano de Capacitação de Jovens Jornalistas Ambientais. Promovido pela Rede Brasileira de Informações Ambientais (REBIA), com aporte da Fundação Avina, e em parceria com diversas entidades do jornalismo ambiental brasileiro e da América Latina, o plano reúne na plataforma virtual Taking IT Global (TIG) especialistas das mais diversas áreas para discutir com jovens estudantes de jornalismo a importância da comunicação e a temática ambiental. Para participar da capacitação, será escolhido um grupo de 30 alunos dos mais diversos centros universitários do país.

Centrando no debate sobre a questão da informação e da participação da sociedade na tomada das decisões ambientais, o plano tem, entre seus objetivos, constituir uma plataforma de intenso intercâmbio de experiência entre profissionais de comunicação e da temática ambiental, articulando estreitamente com eventos em que o jornalismo ambiental esteja presente, além de proporcionar aos jovens participantes uma melhor percepção e formação na temática ambiental. O plano ainda tem como meta sensibilizar os jovens sobre a importância do trabalho da comunicação juntos às ONGs ambientais.

A proposta é ajudar a formar uma Rede de Colaboradores e Jornalistas Voluntários que, a convite e a expensas de organizações do Terceiro Setor que atuam no setor socioambiental, e que enfrentam o bloqueio da mídia tradicional, possam produzir matérias e imagens de qualidade voluntariamente. A REBIA se compromete a distribuir gratuitamente o material, com os créditos para seus autores, através da Agência REBIA de Notícias Socioambientais, distribuído para mais de 30.000 leitores cadastros, entre os quais muitos pauteiros e editores de mídias, e também através dos seus veículos, www.portaldomeioambiente.org.br e Revista do Meio Ambiente.

O Plano de Capacitação de Jovens Jornalistas Ambientais foi concebido para estudantes e novos jornalistas e profissionais da comunicação que estejam nas diversas universidades do Brasil e tenham interesse na temática do jornalismo ambiental. A partir da combinação de contatos virtuais e encontros presenciais entre os profissionais do meio ambiente e do jornalismo ambiental, serão realizados webconferências para o processo de capacitação dos jovens jornalistas.

As inscrições são gratuitas e para participar, os estudantes de jornalismo devem ler a Chamada para Inscrições e preencher a Ficha de Inscrição do Plano. Os melhores produtos jornalísticos produzidos durante a capacitação serão divulgados em sites nacionais que são parceiros do projeto. O plano é coordenado por Efraim Neto, jornalista e moderador da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental.


Para maiores informações:

Efraim Neto
efraimneto@rebia.org.br ou efraimneto@gmail.com (MSN)
Skype – efraim.neto
Cell. (71) 8895-5010

Artigo - Educação ambiental: uma saga a ser cumprida

Por Paulo Finotti

Hoje eu vou invadir seara alheia. Com o título acima, vou até o andar de baixo para visitar meu amigo, o Prof. Dr. José Aparecido. 

Escrever sobre Educação é um desafio; escrever sobre Educação Ambiental é um desafio duplo; fazer crônica a respeito do assunto, tendo como vizinho de página um especialista como José Aparecido é um triplo desafio. Vamos lá...
 
Quando ocorrem simpósios e reuniões para tratar do assunto educação ambiental, em função da grande parte do público alvo estar de forma direta ou indireta ligado à educação formal, principalmente nos cursos fundamental e médio, surge a idéia dos processos acadêmicos de ensino que vão desde a materialização de uma sala de aula munida de carteiras, lousa e alguns recursos audiovisuais, até à implantação de pequenas hortas semelhantes àquelas de fundo de quintal, no pouco que resta de terra nas instituições públicas de ensino. Os menos avisados, principalmente especialistas em educação, poderão ter em mente idéias como «conteúdo programático», «estudo do caso», «estratégias de aprendizagem», «avaliação de conhecimentos», «objetivos gerais e específicos» e outros exemplos, acobertando toneladas de tinta e papel que irão acabar empoeirados nas estantes de algum fundo de prédio escolar, sem haver participado, como
deveriam, dos reais caminhos do processo intelectual da melhoria da qualidade de vida. A educação ambiental é muito mais dinâmica, apresentando conceitos macroscópicos que utilizam o estado da arte para serem realizados.
 
O ser humano comum, escolarizado ou não, criança, jovem, adulto ou idoso, é comumente o alvo direto do processo de educação ambiental que deverá constar no seu currículo de vida e não no escolar, principalmente, repassado às futuras gerações de forma ampla e natural.

Como é de se notar, independentemente do meio físico, flora e fauna, o ser humano, por questões óbvias, é o colimador do processo de educação ambiental. Como ser biológico que é, traz a si e a tudo que o rodeia para a Biologia; gregário, cria a sociologia e geografia política entre outras ciências ditas humanísticas; ser pensante, interpreta os fenômenos que o envolvem, traduzindo-os por meio de leis e princípios científicos, montando modelos matemáticos, físicos e químicos, preparados para fazer previsões; criativo, envolve-se em toda sorte de alterações, desde as comportamentais, ditas evolutivas, até ambientais, criando uma verdadeira armadilha à sua própria sobrevivência e à do planeta.

O ser humano é o maior predador da natureza e uma das primeiras vítimas de seu próprio comportamento, havendo descoberto, embora tardiamente, que caso não o altere, será brevemente extinto, como o será também a biosfera.

Esta recente descoberta faz com que ocorram mudanças nos critérios de vida, tecnologia e atitudes, mudanças estas que podem ser interpretadas mais como uma tentativa egoística de perpetuação da espécie do que o de apreciar e respeitar o planeta em que vivemos.

No período de 14 a 26 de outubro de 1977, realizou-se em Tbilisi - Georgia, a Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental organizada pela Unesco em cooperação com o PNUMA, talvez o fórum mais importante sobre o assunto até hoje reunido. Tal colegiado apresentou uma Declaração e 41 Resoluções

A Agenda 21, em seu capítulo 36, aborda de maneira quase exaustiva as estratégias, planos políticos, previsões e progresso do que chamou "Promoção de Educação, Conscientização Pública e Treinamento Envolvendo a Educação Ambiental", em um processo global e biunívuco com o desenvolvimento sustentado. Acontece, no entanto, que até o momento, pouco ou nada se tem feito para a concretização de tópicos da referida Agenda, tais como: a reorientação da educação na direção do desenvolvimento sustentável; a ampliação da conscientização pública; o incentivo ao treinamento.

Assim é que o ambientalista, seja especialista em educação, educador, ou mesmo curioso no assunto, acaba se transformando em um bombeiro que tenta apagar o fogo de um terreno turfoso. Mal ele pensa ter eliminado a combustão em um setor, a fumaça retorna de outro, cujo fogo era considerado extinto. Tal situação é no mínimo desgastante, prejudicando todos os envolvidos, na medida em que não há progresso.

Outro aspecto importante que é com frequência esquecido, principalmente pelo poder público - um dos principais envolvidos no processo, é que a maior parte dos projetos ambientais, e entre eles se inclui a educação ambiental, é elaborada por voluntários cujas "horas cívicas" muita vez suplantam as remuneradas e pelas ONGs que, quando honestas,  mal conseguem se sustentar nas pernas. Tal esforço causa dispêndio de tempo e energia que poderiam ser melhor aproveitados, bastando haver um plano diretor, vontade política e subsídios a quem mereça e/ou necessite.

O que é educação ambiental? Uma tentativa de definição.

Podemos definir educação ambiental como sendo o conjunto de atitudes macroscópicas capaz de alterar o comportamento do ser humano no sentido de conservação, preservação e recuperação ambientais no sistema em que ele vive.

Pouco científica, mais para o pragmatismo e holística, tal definição mostra a necessidade permanente e global da presença da educação ambiental em todas as atitudes a serem tomadas, desde o comportamento da mãe cuidando de seu bebê dentro de uma residência, até as tomadas de decisão mundiais por chefes de estado ou seus prepostos.

Como Realizarmos a Educação Ambiental Plenamente

De quatro em quatro anos, todos os municípios brasileiros têm a posse de novos prefeitos e renovação parcial das Câmaras Municipais. A mentalidade política voltada a um comportamento ambiental é colocada em praticamente todas as plataformas e programas dos prefeitos eleitos.

Considerando que o grande fórum de discussão dos problemas da comunidade brasileira é o Município, onde tudo se inicia, e é burilado passando a seguir ao Estado e União, quando necessário, o simples fato de a sociedade, organizada ou não, cobrar o cumprimento das promessas de palanque, já demonstra a realização do processo de educação ambiental.

* Paulo Finotti é Químico Industrial Modalidade Engenharia Química, Professor Universitário, Presidente da Sociedade de Defesa Regional do Meio Ambiente - SODERMA, ex - conselheiro do CONAMA (1996-2002) e membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo e da Ordem dos Velhos Jornalistas de Ribeirão Preto.

Enviado por:
Sandra Barbosa/Depto M. Ambiente/SIC 
Editora da Revista EA em Açao.

Dicas para o ecocidadão em livro


Agência FAPESP – A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo lançou, em cerimônia realizada no Centro de Referência em Educação Ambiental (Crea), em São Paulo, o livro Ecocidadão.

Com 110 páginas impressas em papel reciclado e com dezenas de ilustrações, a obra, escrita pelas técnicas da Coordenadoria de Educação Ambiental da secretaria Denise Scabin Pereira e Regina Brito Ferreira, é destinada a professores e pesquisadores das áreas de ecologia e meio ambiente.

Em linhas gerais, o livro mostra como o cidadão comum pode se mobilizar para evitar ou amenizar os problemas ambientais como o desperdício de água e energia, geração de lixo, ruídos, aquecimento global e preservação da fauna e flora.

Mostra ainda quais materiais podem ou não ser reciclados e também apresenta um glossário com termos técnicos mais utilizados por especialistas em meio ambiente.

Com tiragem de 30 mil exemplares, em um primeiro momento a publicação será distribuída para a rede oficial de ensino fundamental e médio do Estado, bibliotecas e outras instituições de ensino e pesquisa interessadas.

O livro oferece ainda uma lista com nomes de especialistas brasileiros que podem ajudar os docentes a tirar dúvidas antes de trabalhar a temática ambiental na sala de aula.

Ecocidadão é o segundo título da série Cadernos de Educação Ambiental, iniciada pela secretaria em novembro de 2008 com a obra As águas subterrâneas do Estado de São Paulo.

Ao todo serão lançadas 19 publicações que abordarão temas como agricultura sustentável, biodiversidade, consumo e ecoturismo, a fim de serem trabalhadas em salas de aula e também servirem de suporte a pesquisadores, técnicos e ambientalistas.

As instituições de ensino e pesquisa interessadas em adquirir a obra devem encaminhar solicitação para a Coordenadoria de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente pelo e-mail cea@ambiente.sp.gov.

Mais informações: (11) 3723-2747 

14 de abril de 2009

DECISÃO POLÊMICA - Ministro despreza Código Estadual

Minc fala em prisão para quem seguir legislação ambiental catarinense. Lei foi sancionada ontem pelo governador

BRASÍLIA - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, reagiu à sanção do Código Ambiental de Santa Catarina, que ocorreu ontem em Campos Novos, no Meio-Oeste do Estado. Durante um evento em Brasília, Minc determinou ao Ibama que despreze a lei estadual e anunciou que irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra as regras aprovadas pela Assembleia Legislativa. O ministro chegou a ameaçar com prisão quem descumprir a legislação federal.

O Ibama de Santa Catarina vai fazer valer a lei federal. Quem desmatar ou fizer um empreendimento a 10 metros de um rio, que a lei federal diz que tenha que ser preservado, esse empreendimento será embargado e se o responsável insistir será preso, será tratado como um transgressor da lei, um criminoso ambiental – afirmou Minc.

Sem esconder a irritação, o ministro lembrou as recentes enchentes no Estado, vinculando as enxurradas a um eventual descumprimento da legislação ambiental.

Santa Catarina recentemente vivenciou um drama de grande dimensão, que foi a combinação de um evento climático extremo exatamente com desmatamento das margens dos rios e das encostas. Se tinha um Estado que não podia aprovar essa lei, que é inconstitucional, é Santa Catarina – disse Minc.

O Ibama catarinense confirmou que seguirá o que o ministro falou.

As fiscalizações serão mantidas de acordo com as regras federais, por isso é importante que os produtores tenham bom senso e não acatem o novo código – alertou o superintendente do Ibama, Américo Ribeiro Tunes.

Quem descumprir a legislação federal, e for flagrado pelo Ibama, poderá ser autuado, pagar multa e ter a área embargada.

Fonte: Jornal de Santa Catarina

Seminário discute como salvar rios de São Paulo




São Paulo vai discutir hoje uma das grandes preocupações da cidade: como recuperar os rios que cortam a Região Metropolitana. A Rede Globo fez uma parceria com a Universidade de São Paulo (USP) para tentar achar soluções e salvar rios como o Pinheiros e o Tietê. 

Quem vê o Tietê hoje duvida que seja possível recuperá-lo. Mas existem possibilidades que vão ser discutidas hoje, no seminário Rios de São Paulo. Cerca de 400 córregos deságuam nos rios Pinheiros e Tietê. A prefeitura e a Sabesp tratam apenas 45% do esgoto produzido em São Paulo. 

A intervenção do homem no meio ambiente é tão grande que chegamos a inverter o sentido dos rios. Paulistanos mais antigos chegaram a ver os rios Tietê e Pinheiros muito limpos. Chegaram a nadar neles e gostariam de poder fazer isso de novo. Mas, parece que esse ainda é um sonho distante, embora possível. 
Exemplo coreano 

O repórter Carlos Tramontina foi até a Coreia do Sul e encontrou um exemplo de como é possível mudar tudo isso. Em Seul, a capital da Coréia do Sul, um córrego foi totalmente despoluído. É o Cheong Gye. 



13 de abril de 2009

Vale do Paraíba: Corredores verdes ligarão Serra do Mar e Serra da Mantiqueira

O projeto Corredor Ecológico Vale doviu Paraíba incentiva o amor pela mata para recuperar 150 mil hectares de Mata Atlântica com a ajuda da população local.
 
A Mata Atlântica é o bioma com a maior biodiversidade do mundo, embora sofra pressões constantes de poluição e destruição. De sua extensão original, só restam 7%, um alerta para a urgência de mais esforços para sua proteção. Para defendê-la, uma iniciativa pioneira foi lançada: o projeto Corredor Ecológico Vale do Paraíba, que objetiva ligar fragmentos da mata, ampliando a chance de sobrevivência das espécies, ao mesmo tempo em que integra a população de seu entorno à sua preservação e recuperação.

O projeto reúne empresas e ONGs que já atuam em prol da Mata Atlântica e trabalhará com o que existe à sua volta. “Não vamos reinventar a roda. Em cada ponto que chegarmos, vamos estudar qual a melhor solução para melhorar a proteção e recuperação da mata, em conjunto com a sua população”, detalha Paulo Valladares Soares, secretário-executivo da proposta.

Paulo explica que a base da ação é aliar os cuidados com o meio ambiente às culturas locais, educação e geração de renda. “É preciso cuidar das pessoas, em primeiro plano. Melhorando a qualidade de vida e promovendo, ao mesmo tempo, a conscientização de como tudo está interligado, podemos atingir nossos objetivos”, afirma.“É necessário construir amor pela mata. Sem esse sentimento, avançamos muito pouco”, reforça o executivo.

150 mil hectares em dez anos

A meta do Corredor Ecológico Vale do Paraíba é recuperar 150 mil hectares de Mata Atlântica, criando ligações de áreas naturais entre a Serra da Mantiqueira e a Serra do Mar. O reflorestamento previsto tem um custo calculado de R$ 15 mil por hectare, para o plantio inicial, e dois anos de acompanhamento e manutenção. Cada hectare recebe 1.700 mudas de 80 espécies nativas diferentes. As áreas são escolhidas com uma análise aérea da região, priorizando ampliar a mobilidade da fauna e fortalecer a proteção de cursos d’água.

Todo o trabalho é aliado às dinâmicas sociais locais, para que a população entenda e valorize o que está sendo feito, sentindo-se motivada a participar. Estuda-se, caso a caso, o desenvolvimento conjunto de práticas sustentáveis para geração de renda e melhoria das condições de vida no entorno das áreas reflorestadas.

O Corredor Ecológico é um caminho de muitas mãos. Sustentabilidade não se constrói sozinho”, diz Paulo. Ele ressalta o planejamento feito para atingir resultados duráveis por meio da precisão na ação, mas com benevolência no contato com as pessoas, respeitando os valores, as vivências e o jeito de ser de cada um. Por isso evita-se a pressa na execução, que está prevista para atingir sua meta em dez anos.

Abordamos um agricultor, por exemplo, falando de conservação do solo. Assim, abrimos caminho para dialogar sobre a necessidade dos corredores ecológicos e os benefícios ambientais que eles geram”, detalha o empreendedor.

A proposta já tem três hectares reflorestados, nos municípios de São Luís de Paraitinga e Guaratinguetá, ambos no Estado de São Paulo. Ela se concentra na região do Vale do Paraíba paulista e, além dessas duas cidades, elegeu também os municípios de Lorena, Aparecida, Redenção da Serra e Natividade da Serra para a primeira etapa de sua ação.

O projeto conta com a adesão das seguintes organizações:

• Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul – www.comiteps.sp.gov.br;
• SOS Mata Atlântica – www.sosma.org.br;
• Instituto Ethos – www.ethos.org.br;
• Oikos Agroecologia – www.institutooikos.org.br;
• VCP Votorantim – www.vcp.com.br;
• Instituto Tomie Ohtake – www.institutotomieohtake.org.br.

A participação é livre a todos os interessados, ONGs, empresas, proprietários de terra, instituições de ensino ou pessoas físicas que queiram contribuir com conhecimentos, recursos ou trabalho voluntário. Para tanto, basta contactar seus organizadores por meio do site www.corredordovale.org.br, no qual se encontra ampla informação sobre o projeto.



9 de abril de 2009

Caso Dorothy Stang - Anulado o julgamento que absolveu acusado



Globo Rural - Edição Diária


O Tribunal de Justiça do Pará anulou o julgamento que absolveu o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da missionária Dorothy Stang.

O caso foi julgado pelos desembargadores do Tribunal de Justiça do Pará. Eles decidiram por unanimidade anular o segundo julgamento de Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, que ocorreu no ano passado. Com a decisão o fazendeiro terá que voltar para a cadeia.

O primeiro julgamento de Bida aconteceu em maio de 2007. Ele foi condenado a 30 anos de prisão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da missionária Dorothy Stang. Como a pena foi superior a 20 anos, o réu teve direito a um novo jure, no qual foi absolvido. O Ministério Público recorreu contra o resultado alegando que a decisão dos jurados não levou em conta as provas apresentadas no processo.

Eu pedi que o júri fosse anulado em razão de o Conselho de Sentença ter julgado contrário à prova dos autos. E os três a zero, no caso do Tribunal, representa que tínhamos razão, ou seja, havia como há provas concretas contra Vitalmiro Bastos de Moura”, explicou Edson Cardoso, promotor de Justiça.

No segundo julgamento, Vitalmiro sentou no banco dos réus com Raifran das Neves Sales. Por causa disso, o júri que condenou Raifran a 20 anos de prisão também foi anulado.

Os desembargadores analisaram que apesar de Raifran ter dito que não recebeu recompensa pela morte da freira, houve sim mandante para o crime. “Tudo que está nos autos leva a crer, como a desembargadora-relatora perguntava durante o voto, qual outro motivo ele teria para explicar o homicídio”, falou Milton Nobre, desembargador do Tribunal de Justiça do Pará.

Um novo julgamento será marcado. A defesa de Vitalmiro pedirá hábeas corpus para mantê-lo em liberdade. “O que nós vamos fazer é: aquela parte que esteja insatisfeita com a decisão usará dos recursos que a lei processual, que a Constituição federal permite, ou seja, o recurso especial ao Superior Tribunal e o recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal”, disse Eduardo Imbiriba, advogado de Vitalmiro.

Segundo o advogado, Vitalmito Moura está no município de Altamira, onde aguarda o cumprimento da ordem de prisão.

Rayfran das Neves Sales, que confessou ter atirado em Dorothy Stang, cumpre pena num presídio da região metropolitana de Belém e vai permanecer preso aguardando a data do novo julgamento.