31 de março de 2009

Ruas tomadas em Santa Catarina - Código Ambiental ainda não foi votado


Até o final desta tarde, o projeto de lei com o Código Ambiental de Santa Catarina ainda não havia sido votado na Assembléia Legislativa. Mas o movimento no entorno da casa é enorme desde o início da manhã. Analucia Hartmann, procuradora da República no estado, contou a O Eco que precisou desviar de caminho para chegar ao seu escritório. “Duas ruas ao redor da Assembléia estão tomadas por ônibus e manifestantes em favor da aprovação do código”, explica. Ainda não se sabe de onde eles vieram. De acordo com informações de fontes que estão acompanhando o processo de dentro do governo, os 40 deputados terão cinco minutos para explicar as escolhas. Infelizmente, ninguém acredita que o projeto será vetado, uma vez que o governador Luiz Henrique da Silveira tem maioria entre os parlamentares. 

O novo dia D de Santa Catarina

O Eco

Nesta terça-feira (31), Santa Catarina vive mais um dia crucial para a conservação de sua natureza. A Assembléia Legislativa do estado vota o projeto de lei que instaura o Código Ambiental. Em artigo publicado na Folha de São Paulo de hoje (30/03), a ex-ministra Marina Silva afirma que a proposta é um retrocesso para a região campeã do desmatamento da Mata Atlântica na última década. Ela tem razão. Entre outros absurdos, o texto diminui a faixa de proteção das matas ciliares de trinta para apenas cinco metros. Além disso, os órgãos de apoio à ecologia perdem importância e as áreas de conservação praticamente sucumbem. 

Elaborado em 2007 pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fatma) de Santa Catarina, o projeto sofreu alterações severas do governador Luiz Henrique da Silveira e de parlamentares interessados no crescimento econômico. Para tentar impedir o processo, a organização sem fins lucrativos APREMAVI publicou, em seu site, uma seção inteira sobre a incoerência de se aprovar o código. O conteúdo será distribuído amanhã, durante a votação. 

Em entrevista para O Eco, o promotor Luiz Eduardo Couto, coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente – setor do Ministério Público de Santa Catarina – disse que vai esperar a aprovação do projeto de lei para examinar o tipo de ação a ser encaminhada. É possível que uma Ação Direta de Inconstitucionalidade seja o caminho escolhido. Ainda não se sabe se o MP vai recorrer ao Tribunal do Estado ou à Procuradoria Geral da República.
30 de março de 2009

IBAMA - 20 Anos


Foto: Jefferson Rudi
Brasília – Hoje o Ibama deu início às comemorações dos 20 anos de sua existência. Pela manhã, os servidores e visitantes foram recebidos na entrada do Ibama Sede com o grupo circense Instrumento de Ver. À tarde, foi a vez da cerimônia oficial, que contou com as presenças do presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney, do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc e do primeiro presidente do Ibama, jornalista Fernando Cesar Mesquita, entre outras autoridades.

Durante a cerimônia, houve concessão de medalhas de mérito ambiental a pessoas que contribuíram com a causa do meio ambiente e com a consolidação do Ibama. Dez dos homenageados foram escolhidos pelos servidores em votação na intranet do instituto, e outros dez escolhidos pelo Conselho Gestor. Além disso, foi realizado o lançamento do selo comemorativo dos 20 anos pelos Correios e Telégrafos e foi exibido o filme de propaganda de educação ambiental “Cuidar do Meio Ambiente Todo Mundo Pode”.

Mérito Ambiental

Receberam as medalhas por indicação do Conselho Gestor o senador José Sarney, os jornalistas Paula Saldanha e Cláudio Savaget, os professores Paulo Afonso Leme Machado,   Antônio Danilo (criador da marca do Ibama), Paulo Nogueira Neto (durante 14 anos foi o secretário da Secretaria Especial do Meio Ambiente, órgão que antecedeu o Ibama) e Judith Cortesão, ambientalista já falecida, cuja contribuição para a causa ambiental ultrapassou as fronteiras do País.  Também foram homenageados os servidores Francisco Canindé Alves (o servidor mais antigo do Ibama) e Elves Ismar Martins  (morto em serviço num acidente de helicóptero, cuja viúva, Eneida Martins recebeu a homenagem),  Também homenageado, o ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Herman Benjamin, que não pôde comparecer à solenidade.

Os indicados pelos servidores foram o primeiro presidente do Ibama, jornalista Fernando César Mesquita,  e os servidores Fausto Silva Júnior (Coordenação Geral de Fiscalização), Guilherme Gomes de Souza (Ibama no Espírito Santo) e José Fernando Pedrosa (Ibama no Rio de Janeiro) e o professor José Quintas (pioneiro da educação ambiental no Ibama).  Também foram homeageadas as  servidoras aposentadas Roseana Trein e Sueli Monteiro São Martinho Carvalho. E ainda o presidente da Associação dos Servidores do Ibama – Asibama,  Jonas Moraes Corrêa, a “companheira” Miriam Vaz Parente, e Márcia Silva.

Cuidando do Brasil

O presidente do Ibama, Roberto Messias Franco, abriu a cerimônia falando sobre o que é cuidar do Brasil, que, na sua visão, “é ter compromisso com o presente e com o futuro, com amor à natureza e à cultura”. Messias listou entre os compromissos do Ibama  punir os crimes ambientais e chamar à legalidade aqueles que estão irregulares, licenciar com presteza e rigor os empreendimentos, regular o uso dos recursos naturais, buscando ser referência para os demais integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente – Sisnama.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que “os vinte anos de história do Ibama marcaram o Brasil”. Segundo ele, o desafio da gestão ambiental é muito grande. “A cada passo, é preciso desenvolver nosso pessoal”. Minc destacou a atuação dos servidores do Ibama nos seus dez meses à frente do ministério, que, com muito trabalho, ajudaram o instituto a emitir 45% mais licenças com todo o rigor técnico e a reduzir o desmatamento.

O ministro contou da sua experiência em campo, atuando junto à fiscalização do Ibama, defendendo o rigor nas ações, e destacou o atentado ocorrido em Paragominas, no final do ano passado, como o pior já ocorrido contra o Ibama, com madeireiros incitando a população, que incendiou o escritório do órgão e lançou coquetel molotov no hotel onde os fiscais estavam. Disse que dois dias depois esteve no local, onde já foram presos alguns dos responsáveis pelas agressões. “Conversamos com o prefeito e ele cassou os alvarás municipais das empresas envolvidas”. Minc disse ter orgulho de trabalhar com o Ibama e de ouvir o instituto em momentos importantes, “antes de conversar com o presidente Lula, com a Dilma…”.

O senador José Sarney lembrou da criação do Ibama, em 1989, dizendo que, àquela época a questão ambiental ganhou contornos de ideologia, pois o Brasil era atacado na comunidade internacional e acusado de ser o maior poluidor do planeta. “Foi organizada a reação juntando cinco grandes órgãos para criar um com força para tomar as decisões necessárias para que solucionasse os problemas”.

Sarney afirmou ainda que sabia que o Ibama teria um grande destino. Segundo ele, é preciso cuidar do meio ambiente para continuar vivendo no planeta. O presidente do Congresso afirmou ainda que  os servidores do Ibama “são herdeiros de uma tradição de luta de uma grande causa, que é a causa da humanidade.

Selo comemorativo

O presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Carlos Henrique Custódio, conduziu a cerimônia de lançamento do selo comemorativo dos 20 anos do Ibama e do carimbo obliterador com a logomarca do aniversário. O primeiro a obliterar o selo foi o senador José Sarney. Em seguida foi chamado o ministro Minc e o terceiro envelope foi obliterado pelo presidente do Ibama, Roberto Messias Franco.

Também compuseram a mesa de honra a secretária-executiva do Ministério do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o primeiro presidente do Ibama e o presidente da Asibama Nacional. Durante o evento, foi assinado acordo de cooperação entre o Ibama e uma cooperativa de catadores de papel para que todo o papel eliminado pelo órgão seja destinado à cooperativa para reciclagem. O acordo faz parte da implantação da Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P. Além disso, o coral da Asibama cantou o hino nacional e música Cio da Terra. Ao final da cerimônia, a banda Pé de Cerrado fez um show animado e foi servido coquetel, oferecido pela Associação dos Servidores do Ibama do Distrito Federal – Asibama/DF.

Durante o ano, estão previstas outras atividades comemorativas tanto no Ibama Sede quanto nas Superintendências, culminando com a Mostra Nacional Ambiental - Caminhos da Sustentabilidade, a ser realizada na Semana do Meio Ambiente, em junho.

Leia também:

Ibama comemora 20 anos

Missão do Brasil nos EUA quer fim de 'protecionismo ambiental'


Em Washington, Antonio Palocci, que integra comissão de meio ambiente, defende prazo para derrubar barreiras a etanol.


Da BBC Brasil em Washington - O deputado federal e ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP), que chefia uma missão de legisladores brasileiros em Washington, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil não pode aceitar o que chamou de "protecionismo ambiental" por parte dos países ricos. 

Palocci e a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) participaram nesta segunda-feira do primeiro dia de um encontro entre legisladores de diferentes países na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.O encontro visa alcançar medidas consensuais entre os representantes de Estados Unidos, Brasil, União Europeia, China, Rússia, Índia, Indonésia e Coreia do Sul para a reunião da ONU sobre o meio ambiente, que será realizada em dezembro deste ano, em Copenhague, na Dinamarca. 

"Se nós queremos desenvolver tecnologias que ajudem a combater a mudança climática e o aquecimento global, não é aceitável que permaneçam barreiras a produtos que já provaram ser eficientes em reduzir emissões de carbono. É o que está acontecendo hoje com o etanol, tanto na União Europeia como nos Estados Unidos. Nos EUA, o etanol só entra pagando tarifas elevadas", afirmou Palocci. 

O ex-ministro disse ser natural o comentário feito pelo presidente dos EUA, Barack Obama, durante um encontro na Casa Branca com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que as tarifas cobradas pelos Estados Unidos sobre o etanol brasileiro não acabarão da noite para o dia. 

De acordo com Palocci, "o protecionismo acaba por produzir compromissos dos países com produtores locais, Então, nós achamos razoável que isso não seja de uma hora para outra". 

Mas o importante, acrescentou, "é que se estabeleçam metas. Então, ok, se os Estados Unidos não podem eliminar o subsídio no primeiro ano, quem sabe em cinco anos". 

"Não importa que seja um prazo longo, nós compreendemos que os compromissos estabelecidos não podem ser derrubados da noite para o dia. Mas se há vontade de fazê-lo, então vamos discutir em que prazo isto deve ser feito.

Fundos florestais 

O Brasil também fez outras cobranças, literalmente, aos países ricos. Antonio Palocci disse esperar sair da reunião em Washington tendo coletado mais contribuições para o Fundo de Preservação da Amazônia, para o qual a Noruega já cedeu um total de US$ 100 milhões. 

"Estamos conversando com todos os países no sentido de que a participação nesses fundos supranacionais é a maneira adequada de combater o desflorestamento da Amazônia e de outras reservas florestais importantes no mundo", disse o deputado. 

Antonio Palocci defendeu também a ampliação de fundos supranacionais para a manutenção de florestas. 

Linguagem comum 

O deputado democrata norte-americano Ed Markey, que preside a Comissão Internacional de Clima e Energia de Segurança, afirmou que os países mais ricos e as nações emergentes precisam achar um "idioma comum" no que diz respeito à emissão de gases causadores do efeito estufa. 

Mas China e Estados Unidos, os dois maiores responsáveis pelas emissões de gases poluentes, vêm manifestando divergências no que diz respeito ao tema. 

Ed Markey é co-autor de um projeto ambiental em tramitação na Câmara dos EUA que visa discutir, entre outros tópicos, um mercado de limite e comércio de emissões - o chamado esquema de "cap and trade", que deve ser introduzido nos Estados Unidos até 2020. 

A China vem resistindo em fazer cortes profundos em suas emissões, argumentando que as reduções mais drásticas cabem aos Estados Unidos. Por outro lado, americanos têm dito que pretendem aplicar tarifas sobre produtos de países que não aceitarem um patamar de cortes de emissões mais rigorosos. 

Na reunião desta segunda, o deputado Pu Haiqing, representante da China, enfatizou as diferenças com os americanos. 

"Os países desenvolvidos deveriam buscar uma redução mais dramática do que os em desenvolvimento. Eles deveriam também buscar reduzir o seu consumo", afirmou.

EUA dizem que vão lutar por acordo do clima

"Estamos de volta", disse Todd Stern, principal negociador do governo de Barack Obama para assuntos climáticos, ontem na abertura da reunião da ONU sobre o tema, em Bonn (Alemanha).

Esse é o primeiro evento de clima em que a equipe do novo presidente norte-americano participa --175 países integram a reunião.

O encontro é o primeiro de uma série até a Conferência do Clima em Copenhague, em dezembro. Lá deve ser concluído o acordo que irá substituir o Protocolo de Kyoto, que os EUA não ratificaram.

Stern disse que a administração pretende evitar uma repetição do desastre de Kyoto. E que haverá, no país, uma grande luta política a respeito da questão.

Obama anunciou no sábado que formará um fórum de energia e clima que reunirá 17 nações que emitem mais de 80% dos gases de efeito estufa no mundo, entre eles o Brasil, a Índia, a China e a Rússia.

O Greenpeace congratulou a atitude de Obama. E disse que os EUA podem cortar as emissões de combustíveis fósseis em 12,5% até 2020 com o aumento da eficiência energética e tecnologia limpa.

"Se levar outras medidas em conta, o país pode atingir cortes na ordem de 25% abaixo dos níveis de 1990 em 2020", diz a ONG.

29 de março de 2009

Os Rios Navegáveis do Brasil

 Passageiros no convés superior de um navio, rio Amazonas
(Foto: Alma de Viajante)




Leandro Martins 

Brasília - Estudo da Agência Nacional de Águas (ANA), divulgado nesta semana, concluiu que apenas um quarto dos rios brasileiros são navegáveis. O documento, intitulado Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil, faz um diagnóstico da quantidade e da qualidade das águas brasileiras e como o país lida com os recursos hídricos.

O estudo analisou a situação das águas em todo o país entre 1994 e 2007, como a quantidade de chuvas a cada mês em cada região, o volume de água dos rios brasileiros e dos lençóis freáticos, ou seja, da água que há debaixo do solo.

A Bacia Amazônica, segundo o diretor da ANA, Dalvino Trocoli, é a menos problemática com relação à navegabilidade e à qualidade das águas. "Em relação à Bacia Amazônica, nós não temos problema, a não ser próximo à região metropolitana de Belém, de poluição. Então, a qualidade da água da bacia é uma das melhores que a gente tem", disse Trocoli. O estudo mostra que, dos 8,5 mil quilômetros de rios navegáveis no país, 5 mil estão na Amazônica. 

Em relação a questões preocupantes sobre a água, o relatório registra que, em 2007, 14% dos 5,5 mil municípios tiveram decretada situação de emergência devido à estiagem ou seca. E três em cada cem municípios brasileiros tiveram decretada situação de emergência devido a enchentes, inundação ou alagamentos.

No último dia 22, foi comemorado o Dia Mundial da Água.

Mundo vive 'apagão' voluntário contra o aquecimento global

(Foto: Wilton Júnior/AE)
clique para ampliar

No Rio de Janeiro, o Cristo Redentor ficou uma hora sem iluminação



28 de março de 2009

Hora do Planeta no Twitter

Em Português: #horadoplaneta
Em Inglês: #earthhour

"Esse apagar de luzes significa o acender das consciências"
(Carlos Minc, Ministro do Meio Ambiente)

HORA DO PLANETA - Hoje 20h30min - Apague as Luzes - Cadastre-se no site



Cadastre-se AQUI.



Quem já aderiu. Lista completa.


Você pode apagar a luz do blog,
clicando na cordinha ali em cima,
à direita!


......................................................................................

26 de março de 2009

Gisele Bündchen e a Água





Com o intuito de reforçar ainda mais a importância da água, o Übersite lança um novo vídeo da série Planeta inspirado neste recurso natural.

Site Oficial da Gisele Bündchen possui um canal oficial no Youtube para divulgar vídeos focados em questões socioambientais. O perfil compartilha vídeos da Série Planeta - sobre animais, florestas, água -, aborda dicas simples de boas práticas ambientais na Série “Manual de Atitude”, inspirada na iniciativa “Manual de Atitude Sustentável” da Editora Abril e muito mais.

O vídeo “Série Planeta – Água” pode ser conferido na Home do Übersite(http://www.giselebundchen.com.br). A relação completa dos vídeos está disponível no Perfil Oficial do Site no Youtube.
 
Preocupação Socioambiental

Além de estrelar campanhas ecológicas e dedicar seu site e blog à preservação da natureza, Gisele Bündchen também apóia importantes projetos socioambientais de instituições reconhecidas na área.

Com os programas “Y Ikatu Xingu” e “De olho nos Mananciais”, do Instituto Socioambiental (ISA), e o programa “Nascentes do Brasil”, da WWF, Gisele passou a defender a causa das águas. A modelo também está engajada no programa Florestas do Futuro, da SOS Mata Atlântica. No final de 2008 a Top lançou, juntamente com a sua família, um projeto próprio e piloto que visa implementar ações de gestão ambiental sustentável em Horizontina e Tucunduva (RS), região onde Gisele nasceu. Trata-se do Projeto Água Limpa, idealizado pelo seu pai e apoiado pela sociedade civil e entidades públicas e privadas.
25 de março de 2009

Água e Aquecimento Global por WWF


Por Lisiane Wandscheer, da Agência Brasil


Brasília - As mudanças climáticas terão impacto direto nos sistemas hídricos do planeta, seja pela falta ou pelo excesso de água e esse processo já começou, alerta a a organização não-governamental Fundo Mundial para a Natureza, conhecida como WWF (World Wide Fund For Nature).

O coordenador do programa Água para a Vida, da WWF-Brasil, Samuel Barreto, afirma que fenômenos recentes como a passagem do furacão Katrina, pelos Estados Unidos, em 2005, e as inundações deste ano no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, são consequências das mudanças climáticas.

Para chamar a atenção sobre o assunto, a entidade promove promove no próximo sábado (28/03) às 20h30min, o ato Hora do Planeta. O objetivo é mobilizar mais de um bilhão de pessoas em mil cidades no mundo a apagar as luzes para simbolizar a preocupação com os efeitos do aquecimento global.

Queremos convocar a sociedade para este grande ato. Precisamos pensar estratégias de controle dos efeitos do aquecimento global e combater as causas. Os eventos climáticos estão acontecendo com maior intensidade e num período cada vez mais curto”, disse o biólogo em entrevista à Agência Brasil.

Para ele, é preciso que as propostas para o país contidas no Plano Nacional de Mudanças Climáticas, aprovado em 2008, sejam implementadas rapidamente.

Precisamos saber o que está acontecendo regionalmente. Os relatórios de mudanças climáticas mostram que haverá uma desertificação da parte oriental da Amazônia e uma ampliação da região do semi-árido”, argumentou.

Barreto alerta para a necessidade de governos, iniciativa privada e sociedade preparem-se para os riscos, vulnerabilidades e impactos da destruição dos sistemas naturais. Segundo ele, nas áreas urbanas a falta de tratamento de esgoto compromete a qualidade das águas, e no meio rural o desmatamento prejudica a capacidade de recarga do ciclo hídrico, conduzindo à escassez.

 “O mau uso dos recursos hídricos leva à escassez, o que pode gerar conflito entre as populações”, afirmou. 

O biólogo também apontou avanços na conscientização da população. De acordo com ele, uma pesquisa realizada pelo Ibope em 2008, a pedido da WWF, em 2008, mostra que 90% da população acredita que o Brasil terá problemas com a água no futuro e vê como prinicipais causas para isso o desperdício (47%) e o desmatamento (22%).

Para o representante da entidade, as mudanças de comportamento que podem alterar esse cenário devem começar dentro de casa.

Reduza um a dois minutos o tempo de banho e economizará de três a seis litros de água. Ao multiplicarmos este volume pelo número de habitantes de uma cidade percebemos que ações individuais podem trazer impactos positivos”, destacou Barreto.


Habitações populares ambientalmente sustentáveis

Lucia Leão

Energia solar, reaproveitamento de água, sistemas de coleta e tratamento de esgoto, madeira de origem certificada. Esses são alguns dos materiais e tecnologias que vão garantir sustentabilidade ambiental ao Programa Minha Casa Minha Vida, lançado nesta quarta-feira (25) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a meta de construir um milhão de casas para famílias brasileiras de baixa renda. Mas, acima de tudo, é a própria oferta de habitações que reduzirá o impacto dos grandes aglomerados urbanos sobre o meio ambiente. Essa é a avaliação do ministro do Meio Ambiente Carlos Minc, que participou da solenidade de lançamento do Programa ao lado de outros onze ministros, treze governadores e dezenas de parlamentares, além de representantes de movimentos sociais e entidades empresariais.

"A habitação popular, por si só, é ótima para o meio ambiente. A oferta de casas dignas em áreas regularizadas é o melhor antídoto contra a favelização. Quem não tem casa constrói na encosta dos morros e margens dos rios. Destroem e poluem e também são as primeiras vítimas dos deslizamentos e inundações", constatou o ministro.

As tecnologias e materiais ambientalmente sustentáveis vão variar dependendo da região do país. Em algumas localidades, por exemplo, poderão ser instalados sistemas de coleta e reaproveitamento de água de chuva. Já as placas solares devem ser utilizadas em todas as cidades.

Com base em estudos técnicos e experiências piloto realizadas no Rio de Janeiro - onde já se utiliza placas solares em casas populares - o aproveitamento da energia solar, mesmo que apenas para substituir os chuveiros elétricos nas habitações do programa, pode poupar 520 megawatts (MW) de energia/ano e evitar a emissão de 830 mil toneladas de gases poluentes. O custo estimado para a instalação dos equipamentos é de R$ 1,9 mil por habitação, o que corresponde a cerca de 3% do valor da obra.

"Isso não é custo, é investimento que vai virar economia. Será sentida no bolso dessas famílias, que vão pagar menos de conta de luz, e pelo ambiente, que será menos poluído".

O Programa também prevê mais rapidez e simplificação dos procedimentos para os licenciamentos ambientais dos projetos de casas populares. Resolução nesse sentido será apreciada na próxima reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que será realizada até o final de abril.

A proposta em pauta prevê procedimento uniforme e simplificado para o licenciamento de empreendimentos até 100 habitações; licença única para todo o empreendimento; um critério único para todos os estados; e um prazo máximo de 60 dias para a expedição da licença ambiental. As condições para o licenciamento serão: preservação de áreas de proteção permanente; o empreendimento não pode estar localizado em área de risco e terá que ter infra-estrutura de esgoto, entre outros.

Fonte: ASCOM - MMA

De ontem:

Energia solar nas casas do PAC vai virar realidade.

Rio de Janeiro discute apoio aos Comitês de Bacia



O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) participou nesta quarta-feira (25), de reunião do Conselho Estadual de Recursos Hídricos. O órgão, vinculado à secretaria de meio ambiente, foi representado pela Diretora de Gestão das Águas, Rosa Maria Formiga. 

Entre os principais temas discutidos estavam as formas de apoio técnico e administrativo necessárias para o funcionamento dos Comitês de Bacia. De acordo com a diretoria do Inea ainda existe muita dificuldade na cobrança pelo uso da água e no acesso aos recursos dessa cobrança. A diretora destacou durante o encontro que o estado está progredindo significativamente na questão da água, ressaltando o uso racional dos recursos hídricos.

Durante a semana o Inea participou de diversos eventos relacionados ao Dia Mundial da Água, comemorado no último domingo, (22).Durante um seminário realizado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), no último dia 20, a diretora afirmou que o sistema de gestão no estado já foi implementado em todos os seus componentes, mas ainda não atingiu a sua plenitude. Ela defendeu a estruturação de um sistema de informação abrangente com objetivo de facilitar o planejamento e permitir uma gestão mais sustentável dos recursos hídricos.

* Com informações do Inea
21 de março de 2009

Dia Mundial da Água - Eventos e Comemorações

Acompanhe a programação para diversas cidades
 no Blog do


20 de março de 2009

VOLTA REDONDA: LUTO PELA ÁGUA - 22/03 - 9h - BEIRA RIO

"Prezados,
Faremos um manifesto no próximo domingo e contamos com o apoio e  presença da sociedade civil e ambientalistas envolvidos nesta causa. Favor divulgar!
Grata.
Rita Souza
EDUCA Mata Atlântica*"

D O M I N G O - DIA MUNDIAL DA ÁGUA
2 2  M A R Ç O  2 0 0 9
AVENIDA  NOVA  BEIRA - RIO
9 HORAS
LANÇAMENTO  "ÁGUA DO FUTURO"
LANÇAMENTO CD INFANTIL-ECOLÓGICO
APRESENTAÇÃO  JULINHO DO PALMARES
APRESENTAÇÃO MÚSICO MARQUINHO FIALHO

PLANTIO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁRVORES NATIVAS

PASSEATA LUTO PELA ÁGUA

Curva do Rio Paraíba do Sul que deu nome à cidade de Volta Redonda

Instituto EDUCA Mata Atlântica
Rua 21, no. 1101, Vila Santa Cecília,
Volta Redonda, RJ, CEP: 27261-610
Tel.: (24) 3343 6701


Antes, neste sábado, às 14h30min DIA MUNDIAL DA ÁGUA - MEP-VR fará juri popular
19 de março de 2009

ÁGUA no Comentário Geral - TV Brasil - HOJE às 23h


O Comentário Geral desta quinta é dedicado ao Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março. Em tempos de crise, a especialista Jack Sickerman vai explicar como é feito o reaproveitamento da água da chuva. O professor de hidroterapia Fernando Lobo ensina que a água também pode ser utilizada como terapia. O padre Pedro Paulo conta a origem e o significado da água benta. E o consultor e presidente da Academia Brasileira da Cachaça, Paulo Magoulas, fala sobre a aguardente.

A atriz Julia Lemmertz mergulha Em águas Profundas, nome do livro de David Lynch. E o astrólogo Pedro Tornaghi fala sobre os signos das águas.

Já a composição da água e seus estados físicos é o assunto do engenheiro químico da Petrobras, Oswaldo de Aquino. A água mineral e seus diferentes tipos são analisados pela engenheira química da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, Maria Alice Duarte. O perigo da poluição das águas é o tema do biólogo Mário Moscateli. E quem fala sobre as águas vivas e os cuidados a serem tomados quando elas aparecem é o biólogo marinho e diretor do Instituto Aqualung, Marcelo Szpilman.

O programa traz ainda o cantor e compositor Guilherme Arantes, que comenta a música Planeta Água; o crítico de cinema Rodrigo Fonseca, do Jornal O Globo, que analisa o filme O Rei da Água, de Frank Coraci; e o ator André Arteche, que fala sobre a peça Gota D’Água, de Chico Buarque e Paulo Pontes.

O comentário é geral. Vários assuntos discutidos por personalidades da cultura, moda, arte, gastronomia, política, jornalismo, educação e economia.

Toda quinta, às 23h.

São Paulo anuncia mais uma etapa da despoluição da represa Guarapiranga

Represa Guarapiranga com a cidade de São Paulo ao fundo.

Danielle Jordan / AmbienteBrasil

Foram anunciadas obras de esgotamento sanitário que vão contribuir com a despoluição da represa Guarapiranga. Uma rede coletora de esgotos será construída na região de Mombaça-Crispim, no município de Itapecerica da Serra. Está prevista também a interligação das redes do sistema ao coletor Embu-Mirim.

Foram investidos na obra Mombaça-Crispim R$ 20 milhões para a construção de coletores-tronco numa extensão de 8 km, três estações elevatórias, 3,3 km de linhas de recalque, 44 km de rede coletora e 5.350 ligações domiciliares, de acordo com dados da Secretaria de Saneamento.

As obras de interligações das redes do sistema de esgotamento sanitário ao coletor Embu-Mirim, que são complementares ao Projeto Tietê II, recebem investimentos no valor de R$ 1,5 milhão.

As obras fazem parte do Programa Mananciais – Vida Nova e cerca de 90 mil pessoas serão beneficiadas diretamente com os dois projetos.

No início deste mês AmbienteBrasil publicou - EXCLUSIVO: Paulistas se manifestam sobre questões ambientais na Bacia do Guarapiranga.

* Com informações da Secretaria de Saneamento e Energia/Sabesp


Fórum das Águas debate o futuro do planeta

Com 12% da água doce do mundo, o Brasil é destaque no V Fórum Mundial das Águas, em Istambul, na Turquia. Organizado a cada três anos pelo World Water Council (WWC) em colaboração com o país sede, o encontro é uma oportunidade para representantes de governos, gestores e usuários debaterem os rumos das políticas públicas de recursos hídricos. A proposta da reunião é contribuir para que os tomadores de decisões avancem em direção à cooperação global para o uso sustentável da água, sob os quais se assenta o futuro do planeta.

O Brasil vai apresentar aos participantes do Fórum sua política de recursos hídricos, seu modelo de gestão e seus marcos regulatórios de uso sustentável dos recursos hídricos. O sistema brasileiro está completando doze anos, sendo reconhecido entre os mais avançados do mundo em termos de gestão da água.

A delegação brasileira em Istambul será chefiada pela secretária-executiva do Ministério do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Ela participa de duas mesas temáticas no segmento ministerial, de 20 a 22: uma sobre combate à pobreza e outra de recursos hídricos para energia. Adaptação da gestão da água diante da mudança do clima será o foco central nos debates, onde serão ressaltados desenvolvimento sustentável conciliado com a conservação 
ambiental, inclusão social e desenvolvimento econômico.

O uso e disponibilidade dos recursos hídricos transfronteiriços vai nortear as discussões, que deverão ter como referencial as mudanças climáticas globais. Isso porque, segundo previsões de instituições como IPCC, por exemplo, dão conta de que a oferta e distribuição da água serão severamente afetadas. Medidas de ordenamento territorial, combate à desertificação e até o programa brasileiros de cisternas para o semi-árido, desenvolvido em parceria com a Articulação do Semi-árido, organização não-governamental da região, fazem parte das propostas de diminuição dos impactos da escassez da água.


Cooperação mundialContribuir para mudar a maneira como os povos fazem uso da água: esse é considerado o maior desafio dos 180 países reunidos no V Fórum Mundial das Águas em Istambul. O lançamento de esgotos domésticos não tratados, que polui rios, lagos e o mar, os lixões que contaminam os lençóis freáticos, o uso de agrotóxicos e fertilizantes na agricultura, os resíduos da pecuária, o aterramento das nascentes para construção de cidades e as guerras são ameaças constantes aos recursos hídricos.

No Brasil, apenas 41% das casas são atendidas por rede de abastecimento de água e menos da metade (57,4%) conta com sistema de coleta de esgoto sanitário. A situação é agravada pelo mau uso dos recursos hídricos. O sistema de abastecimento, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, desperdiça 30%, de toda a água, número que aumenta se considerados os hábitos de consumo da população, que faz com que parte da água tratada tenha uma destinação inadequada.

A água é considerada bem público pelas leis brasileiras, que também responsabilizam o cidadão pelo seu uso e cuidado. A prioridade é para matar a sede das pessoas, mas 70 por cento de toda a água disponível acabam servindo de insumo para a agricultura. Segundo a Organização das Nações Unidas, um ser humano precisa de 20 a 50 litros de água por dia para beber, cozinhar, tomar banho e lavar roupas e utensílios.

O Brasil é o primeiro país da América Latina a contar com um Plano de Águas, responsável pelas diretrizes do uso racional da água. Sua elaboração contou com a participação de ampla parcela da sociedade, reunindo usuários, governos federal, estaduais e municipais e organizações não-governamentais. O País possui 83 cursos d'água classificados como fronteiriços e transfronteiriços, com 60% de seu território situado nas bacias desses rios. As duas maiores bacias da América do Sul passam por terras brasileiras: a Bacia do Rio da Prata, que nasce no Brasil; e a Bacia Amazônica, da qual o Brasil recebe águas.

Site Oficial: www.worldwaterforum5.org

Fonte: ASCOM - MMA

Segundo dia do 5o Fórum Mundial da Água é marcado por discordâncias

Banco Mundial diz que a crise pode retardar avanço da água potável